Sinopse - Em um futuro distópico, a dor se tornou algo do passado. Diante disso, os humanos ousaram experimentar técnicas ultrapassando todos os limites do corpo humano e foram longe demais em seus experimentos, provocando uma evolução do corpo humanos nunca antes visto. 

É neste cenário que conhecemos Saul Tenser (Vigo Mortenson), um artista performático que se apresenta publicamente mostrando a metamorfose de seus novos órgãos. Sua parceira é Caprice (Léa Seydoux), uma cirurgiã que é responsável por tatuar e em seguida remover o novo órgão gerado pelo corpo de Saul. Juntos eles atraem a atenção de plateias do mundo todo. 

O casal performático visita uma agência governamental secreta que é responsável por registrar todos os novos órgãos, dirigida por Wippet (Don McKellar) e Timlin (Kristen Stewart). Logo depois, durante uma apresentação, Timlin sussurra uma frase emblemática no ouvido de Saul. Enquanto isso, Lang Dotrice (Scott Speedman) é um pai desesperado que procura Saul para realizar uma autópsia do cadáver do seu filho de oito anos diante das câmeras.

Normalmente os filmes de terror de David Cronenberg são perturbadores e ultrajantes, Crimes do Futuro não foge à regra. É provocativo, repulsivo e desagradável. Quando o assunto é chocar, o mestre do horror corporal sabe como fazer. O enredo de Crimes do Futuro é curioso e sombrio, fala de um futuro inóspito, habitado por humanos que tem a capacidade de digerir plásticos e são insensíveis a dor.

 Não é um filme fácil de assistir, o roteiro é desconexo, às vezes soa confuso por conter temas futuristas difíceis de compreender. Crimes do Futuro também tem cenas de "revirar o estômago" literalmente, mas não é tão intragável como A Mosca (1986), Videodrome (1986) e Crash - Estranhos Prazeres (1996).

E, embora a experiência de assistir não tenha sido das melhores, ainda considero um bom filme. O conceito é interessante, tem um grande elenco que entrega ótimas performances, a fotografia é muito bonita e tem uma trilha sonora, porém, o filme tinha potencial para muito mais.