Sinopse - O filme acompanha Miúda (Luana Carrera), uma adorável garotinha míope que tem uma planta carnívora (Harildo Deda) de estimação. Ela cuida da plantinha com muito amor, alimentando todos os dias com formigas fresquinhas e crocantes. Uma curiosa relação de dependência.

Às vésperas de completar 7 anos de idade, o maior sonho de Miúda é ouvir sua planta lhe chamar pelo nome, mas a planta é arrogante e ardilosa, se recusa a atender o pedido da menina e ainda exige mais formigas. A fome insaciável de sua sua planta deixa a garota pensativa. 

Enquanto isso, as formigas elaboram um plano para evitar que continuem sendo refeições crocantes da planta carnívora. O plano das formigas dá resultado, Miúda percebe que para alimentar sua melhor amiga, outras vidas são sacrificadas. 

A partir daí começa a jornada de amadurecimento da garotinha. Miúda conta com o apoio da amiga Inércia (Ariane Souza) e do carteiro Seu Zé (Fábio Costa). Ambos são responsáveis por vários momentos hilários da trama.

Assistir Miúda e o Guarda-chuva foi uma experiência gratificante. O filme é uma poesia em movimento. E, da mesma forma como acontece com poesia, precisa ser interpretado, ou seja, visto de outra perspectiva. Através de traços simples, a animação transita entre infantil e adulto de maneira leve e perspicaz. O enredo é recheado de simbolismos, mas todos são de fácil compreensão por ser um filme conduzido pelo ponto de vista infantil. 

Com uma estética cativante, roteiro bem escrito e dublagens divertidas, Miúda e o Guarda-chuva é um dos melhores filmes de animação feitos no Brasil. Mostra que o cinema nacional tem uma capacidade gigantesca de produzir obras espetaculares, competindo de igual para igual no cenário internacional.