A Favorita (2018): drama intrigante sobre uma rainha peculiar - Dicas de Filmes Pela Scheila

Pesquisar

domingo, janeiro 13, 2019

A Favorita (2018): drama intrigante sobre uma rainha peculiar

A Favorita é um filme britânico do gênero comédia dramática do diretor grego Yorgos Lanthimos, O roteiro foi escrito por Deborah Davis e Tony McNamara.

A Favorita
Olivia Colman e Emma Stone em cena no filme "A Favorita"

Sinopse - A trama se passa no ano de 1708, na Grã-Bretanha governada pela rainha Anne (Olivia Colman) que está em guerra com a França. A rainha não tem interesse em governar, deixando esse serviço a cargo da sua amiga Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz), confidente e amante da rainha. 

Ambiciosa, Sarah aproveita a fragilidade da saúde da rainha para controlá-la. Entretanto, com a chegada da sua prima Abigail (Emma Stone), seus planos ficam ameaçados. Abigail é a princípio forçada a fazer trabalho servil como empregada de copa no palácio, mas depois de ver a condição da rainha, ela vê uma oportunidade de se aproximar de Sarah e, ​​eventualmente, da própria rainha Anne.

Robert Harley (Nicholas Hoult), um membro conservador do Parlamento, vê em Abigail uma forte aliada para espionar a relação da rainha com a duquesa. Abigail recusa, porém, passa a observar atentamente as duas afim de tirar proveito da situação. 

Enquanto Sarah se afasta para focar na guerra, Abigail se aproxima da rainha, engatando um relacionamento íntimo com Anne. Sarah logo percebe as maquinações de Abigail e tenta mandá-la embora, mas já era tarde demais.

Baseado em fatos reais  

A Favorita é um filme intrigante sobre um período da vida da rainha Anne, uma monarca peculiar que não tinha nenhum interesse em governar seu reino. O filme não segue rigorosamente os fatos históricos. Na vida real, Sarah Churchill, a duquesa de Marlborough, era a amiga dominadora de Anne, a rainha da Grã-Bretanha. A duquesa ficou conhecida como a mulher mais poderosa depois da rainha.

Quando Abigail Masham, a baronesa Masham chega ao palácio, Sarah Churchill perde seu poder sendo substituída por sua prima. A partir dessa premissa, o filme faz uma releitura livre sobre os acontecimentos e abre um leque de possibilidades para as três personagens históricas.

Não tenho dúvidas que A Favorita é o filme mais palatável de Yorgos Lanthimos, seus filmes anteriores são viscerais e intragáveis, basta assistir o perturbador Dentes Caninos (2009) para ter certeza disso. O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017) é outro de filme nem um pouco agradável dirigido pelo cineasta.

Em A Favorita, o cineasta explora uma história real de uma maneira nunca vista antes, geralmente os filmes de época trazem os homens como o foco central da narrativa, mas aqui as líderes são as mulheres. Anne, Sarah e Abigail são a força feminina que comanda o país. Essas três mulheres tem atitudes questionáveis durante a trama, mas cada ação gera uma consequência, levando-as a um caminho sem volta.

Ao pesquisar sobre o filme constatei diversas críticas a respeito da obra não ser historicamente fiel aos fatos que se propõe narrar. O que eu entendo de "baseado em fatos reais" é que o roteiro foi apenas inspirado nos fatos verídicos, mas não necessariamente contará a história conforme ocorreu, para isso existem os documentários. 

No geral, A Favorita é uma obra primorosa que carrega a marca registrada do diretor, um pouco mais terno que os demais, mas ainda assim traz sua agressividade disfarçada no humor.

Ficha técnica

Título original: The Favourite
Duração: 119 minutos
Gênero: Biografia, Histórico, Comédia, Drama
Classificação indicativa: 14 anos
País de origem: Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos da América
Ano de lançamento: 2018