Sinopse - O ano é 1978. Um sequestrador mascarado apelidado de O Grabber (Ethan Hawke) tem tirando a tranquilidade das ruas de um subúrbio de Denver, Colorado. Justamente nessa região vivem os irmãos Finney (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw) com o pai, Terrence Blake (Jeremy Davies), um viúvo alcoólatra e abusivo. 

Quando um garoto chamado Bruce (Tristan Pravong) é sequestrado por Grabber, Gwen vê através dos sonhos alguns detalhes do sequestro, ela comenta com alguns colegas e isso chega aos ouvidos dos detetives Wright (E. Roger Mitchell) e Miller (Troy Rudeseal), que após a entrevistarem a menina relutam em acreditar nela. Passado alguns dias, Robin (Miguel Cazarez), um amigo de Finney, também é sequestrado. Enquanto Gwen tenta desesperadamente ter sonhos sobre o paradeiro do garoto, seu irmão é levado por Grabber. 

O sequestrador tranca Finney em um porão. Quando acorda, o menino vê um telefone preto na parede, Grabber diz que o telefone está desconectado. Mais tarde, Finney ouve o telefone tocar e atende. Do outro lado da linha está o espírito de uma das vítimas que lhe dá dicas para evitar o mesmo fim. 

Há cada nova ligação, uma vítima revela algum detalhe primordial para salvar a vida de Finney. Os espíritos também o encorajam a vingar suas mortes prematuras. Enquanto isso, a sensitividade de Gwen serve como um guia para a polícia localizar o sequestrador e salvar a vida de Finney.

O Telefone Preto é um filme que já nasceu clássico. A ambientação setentista cria uma atmosfera nostálgica que agrada os fãs do bom cinema. O enredo é simples, mas eficiente e bem conduzido. A atuações são excelentes, especialmente a dupla mirim que interpreta Finney e Gwen, o vínculo fraternal entre eles é lindo de ver, difícil não se comover com a cumplicidade dos irmãos. Mason Thames e Madeleine McGraw são talentosos e tem um futuro brilhante no cinema.

Ethan Hawke está incrivelmente assustador no papel do serial killer mascarado, confesso que senti calafrios cada vez que ele aparece em cena. Já Jeremy Davies interpreta o típico machão escroto que que sente-se no direito de espancar os filhos alegando ser uma forma de educar. Impossível não sentir raiva do personagem.

É um filme fácil de assistir, tem um começo lento, mas em poucos minutos o suspense surge, predominando até o final. É bem provável que O Telefone Preto não sacie aqueles que buscam por jump scares, há alguns momentos assustadores que geram sustos inesperados, mas o clima de ameaça gera mais medo que qualquer aparição fantasmagórica. O lado sobrenatural mostrado no filme não necessita de muita explicação, qualquer pessoa que conheça um pouco de espiritualidade vai compreender perfeitamente o que a história quis passar.

Por ser uma fã do cinema de horror e suspense, não consigo encontrar pontos negativos neste filme. Por isso considero O Telefone Preto um dos melhores filmes do gênero produzidos nos últimos tempos. O filme foi tão assustador quanto eu esperava. Sobre o desfecho, não acho previsível pois afinal, a história não poderia ser finalizada de outra forma. Mais um acerto da Blumhouse.