A ordem que recebem é que ninguém saia à rua, toda a população deve trancar-se em casa ou procurar abrigo o mais rápido possível. O casal que acabara de se conhecer em uma festa, é obrigado a permanecer em um apartamento. Conforme os dias passam, a convivência entre eles torna-se complicada. 

A nuvem rosa se espalha pelo mundo todo. Passam-se meses, anos, décadas e a nuvem continua pairando sobre o planeta, colocando as pessoas em uma situação jamais vista e levando-as ao limite. 

A Nuvem Rosa é uma ficção científica que escancara situações que vivenciamos na vida real. No filme foi uma nuvem tóxica que chegou inesperadamente aprisionando as pessoas dentro de suas casas ou estabelecimentos, na vida real foi um vírus que nos isolou do convívio social, roubando nosso direito de ir e vir e ceifando muitas vidas. 

A diretora optou por não abordar a origem da nuvem e nem expor os esforços científicos para reverter a situação, mas mostrar o desgaste emocional que a quarentena provoca nas pessoas. Boa parte do espectadores se identifica com as situações mostradas, enquanto outra parcela provavelmente se distancia por sentir falta dos agentes externos de como a população está lidando com a quarentena forçada.

Embora o foco do filme não seja o lado científico, senti falta de algum avanço para libertar as pessoas daquela situação lastimável. No geral, A Nuvem Rosa é um bom filme que explora situações e desgastes psicológicos de um longo confinamento.