"The Alphabet Killer" é um thriller policial baseado vagamente em um um caso de assassinatos da vida real conhecido como "iniciais duplas" que aterrorizou a cidade de Rochester, Nova York, entre os anos de 1970 a 1973. O filme foi dirigido por Rob Schmidt a partir do roteiro de Tom Malloy. Foi lançado em 2008 e é um remake do filme "Assassinato em Greenwich", feito para a TV pelo canal Lifetime em 2002.

Somos apresentados a Megan Paige (Eliza Dushku), uma investigadora que está trabalhando no caso de Carla Castillo, uma menina de dez anos que é sequestrada e encontrada morta em Churchville. A policial fica obcecada em resolver o crime que passa a ter alucinações com a vítima. 

Ao ter um surto psicológico por não conseguir resolver o caso, Megan é diagnosticada com esquizofrenia paranoica e acaba internada em um hospital psiquiátrico. Lá, ela é tratada por Richard Ledge (Timothy Hutton), um psiquiatra com quem ela cria um vínculo de amizade.

Dois anos depois Megan está de volta à polícia e tem a chance de retomar a investigação quando se depara com o caso de Wendy Walsh, encontrada morta em Webster. Outras vítimas também adolescentes começam a aparecer, sempre com as coincidências com as letras dos nomes e locais dos crimes. Seu colega e ex-noivo, Kenneth Shine (Cary Elwes), relutantemente permite que ela volte ao caso. No entanto, as alucinações recomeçam e ela terá que lidar com isso enquanto procura o serial killer.

Embora a ideia tenha se originado de um caso real, o enredo e os personagens principais são fictícios, e são esses pontos fictícios que deixam o filme desinteressante. Se "O Assassino do Alfabeto" seguisse a história real deixando de lado um pouco a licença poética, certamente o resultado seria melhor. 

O filme não é ruim, mas também está longe de ser bom, é bem produzido, porém os personagens são todos estereotipados, nenhum se salva. Há o policial honesto, o policial desonesto, o suspeito óbvio, o amigo verdadeiro, o padre que esconde segredos, o assassino que surge e logo desaparece... nenhum deles com qualquer desenvolvimento significativo, tornando-se impossível sentir empatia por eles. 

"O Assassino do Alfabeto" não é empolgante e até a reviravolta no final é previsível. Ainda assim é assistível como um estudo de personagem de uma mulher lutando contra seus demônios internos.