Sabemos que a Netflix tem fama de produzir filmes fracos, mas vez em outra aparece alguma obra que se destaca, é o caso de "Rimetti a noi i nostri debiti", um filme que provavelmente poucas pessoas conhecem. Lançado em 2018, foi dirigido por Antonio Morabito, que também assina o roteiro em parceria com Amedeo Pagani.

Na trama, Guido (Claudio Santamaria) é um ex-técnico de informática que tenta sobreviver depois que a empresa em que trabalhava declarou falência ao dispensar todos os funcionários. Ele resolve tentar no romo de lojista, porém não tem sorte e é demitido quase de imediato pelo próprio chefe do depósito.

Cada dia que passa ele fica mais desesperado devido as altas dívidas graças aos custos de sua subsistência. Até que acaba sendo perseguido e espancado por seus credores. 

O único conforto que Guido encontra é no uísque que bebe no bar onde trabalha Rina (Flonja Kodheli), por quem ele nutre um carinho especial. Ele também recebe ajuda de um professor (Jerzy Stuhr), seu único amigo.

Numa noite qualquer, Guido é abordado por um homem que exige que ele pague suas dívidas. Eis que finalmente surge uma luz no fim do túnel, Guido vê nessa empresa a solução para os seus problemas. Ele se oferece para trabalhar para eles até que suas dívidas se extingam.

Guido se une a Franco (Marco Giallini), um homem especialista em cobrança de dívidas, que inicialmente reluta, mas acaba aceitando ensinar a Guido seu ofício. Eles começam a trabalhar juntos, e Guido passa a ver como Franco trabalha, perseguindo os devedores sem dar trégua. Aos poucos, Guido vai se familiarizando com seu novo trabalho, porém surgem sérios problemas no que se diz respeito aos seus próprios dilemas morais. 

Não é nenhuma obra-prima, nem se tornará um clássico do gênero, mas é um filme interessante para analisar como uma pessoa se transforma naquilo que mais a assombra. Vemos o protagonista desta história percorrer um caminho autodestrutivo. 

REALISTA; INTIMISTA


Duração: 104 minutos

Categorias: Drama

Classificação: 12 anos