"The Old Man and the Sea" é um belo filme do diretor John Sturges. O roteiro escrito por Peter Viertel foi baseado no livro homônimo de Ernest Hemingway. Foi lançado em 1958 e ganhou o Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora, composta por Dimitri Tiomkin.

A história se passa em um lugarejo na costa cubana. Um velho (Spencer Tracy) pescador está a 84 dias sem fisgar um mísero peixe. Nos primeiros 40 dias ele tem a companhia de um menino (Felipe Pazos), mas após tanto tempo sem peixes, os pais do menino disseram que o velho era um azarão.

O menino, obedecendo seus pais, vai para outro barco, que pegou três peixes grandes já na primeira semana. O velho ensinara o menino a pescar e o menino o amava. O velho, com seus cabelos alvos e profundas marcas de rugas, também tinha cicatrizes fundas nas mãos, por no passado, ter lutado com peixes enormes. Mas o olhar do velho era reluzente e trazia uma alegria contagiante.

Toda vez que o velho voltava com o esquife vazio, o menino ficava triste, pois prontamente ajudava o velho a carregar as linhas, as iscas, o arpão e a vela (que era feita de sacos de farinha). Ninguém do vilarejo roubaria o velho, mesmo assim ele carregava seus pertences toda noite, do barco para casa. Depois de guardar os equipamentos, o velho e o menino iam para o bar, lá o velho era sempre alvo de chacota, mas ele não ligava, pois possuía um coração repleto de humildade. 

Quando chegou o 85° dia, o velho partiu para o mar, como fazia todos os dias, mas algo inacreditável o aguardava. O velho fisga um gigantesco Marlin e, ao mesmo tempo em que busca dominar o peixe, se desculpa com ele por ser obrigado a matá-lo.

"O Velho e o Mar" é um filme carregado de sensibilidade e, acima de tudo é uma obra de amizade e sobrevivência. O relacionamento entre o velho e o menino é encantador, uma amizade pura e singela que deixa qualquer espectador maravilhado. Já a relação do velho e o peixe é poderosa, o espectador vê batalhas cruciais, onde nem sempre vence o mais forte e nem sempre cabe, ao vencedor, a comemoração da sua vitória.

É um filme poético que me deixou fascinada pela sua simplicidade, mas por causa do ritmo lento, "O Velho e o Mar" não agrada todos os espectadores. Outro detalhe que incomoda alguns é a narrativa em off. O filme é praticamente todo narrado, que eu considero apenas um detalhe tamanha é a grandiosidade e graciosidade da obra.

"O Velho e o Mar" é uma obra-prima que ficou esquecida no passado. Este clássico reflexivo sobre amizade, solidão e humildade merece ser redescoberto e apreciado calmamente.