terça-feira, dezembro 08, 2020
Filme: A Ponte de Waterloo (1940)
"Waterloo Bridge" é um filme de drama romântico lançado em 1940. Foi dirigido por Mervyn LeRoy, a partir do roteiro de S.N. Behrman, Hans Rameau e George Froeschel, com base na peça teatral de Robert E. Sherwood.
O filme é um remake da versão de 1931. Foi sucesso de bilheteria na época de lançamento e recebeu indicação ao Oscar nas categorias de Melhor Canção Original e Melhor Fotografia.
A história se passa em Londres. Roy Cronin (Robert Taylor), um oficial do exército britânico atravessa a Ponte de Waterloo, relembra eventos ocorridos durante a Primeira Guerra Mundial. Por meio de um longo flashback conhecemos sua história. Roy, que na época era um capitão, conhece por acaso Myra Lester (Vivien Leigh), uma bailarina, enquanto ocorre um ataque aéreo. De imediato surge um forte sentimento entre os dois.
Myra convida o oficial para assistir sua apresentação de balé daquela noite e Roy, apaixonado, ignora um jantar com seu coronel. Após a apresentação, ele envia um bilhete a amada, porém o telegrama é interceptado por Madame Olga (Maria Ouspenskaya), a gerente da companhia, que imediatamente proíbe Myra de encontrar-se com seu amado. Entretanto, Myra ignora a proibição e vai ao encontro de Roy.
São tempos de guerra, tudo é rápido e intenso, e no dia seguinte Roy pede a jovem bailarina em casamento, que aceita sem ressalva, mas as circunstâncias de guerra impedem que eles se casem imediatamente. Madame Olga fica possessa quando descobre que Myra a desobedeceu e a demite da companhia. Kitty (Virginia Field), amiga de Myra, revolta-se com a situação e pede demissão. As jovens passam a buscar emprego, mas são tempos difíceis, nada surge e o dinheiro vai acabando.
Certo dia, Myra recebe um telegrama de Roy dizendo que sua mãe Lady Margaret Cronin (Lucile Watson), quer conhecê-la. Temerosa de não ser bem aceita, Myra segue ao encontro da futura sogra, mas um imprevisto faz com que a Lady se atrase. Enquanto isso, Myra lê o jornal e encontra o nome de Roy na lista de faltas, ela imediatamente desmaia. Ao acordar, ela sente-se incapaz de dar a notícia a mãe de Roy.
Conforme os dias passam, a situação precária das bailarinas piora, Kitty então resolve trabalhar de prostituta, mas não revela a Myra, que encontra-se adoentada. Após melhorar, Myra descobre a nova profissão da amiga e, sem pensar muito, se junta a Kitty.
Um ano se passa. Enquanto oferece seu trabalho a soldados de licença chegando na estação de Waterloo, Myra avista Roy, que está vivo e bem. Sem acreditar no que está vendo, Myra vai ao seu encontro. Uma reconciliação ocorre - alegre para Roy, agridoce para Myra. Enquanto deseja ter uma vida feliz ao lado do amado, alimenta a culpa pelo seu passado.
"A Ponte de Waterloo" é um dos filmes mais lindos e comoventes que já assisti. Impossível não torcer pelo casal protagonista, Vivien Leigh e Robert Taylor esbanjam charme e carisma. Uma química perfeita que nos faz querer entrar na trama e concertar aquele pequeno mal-entendido, evitando assim que duas vidas fossem prejudicadas para sempre.
"A Ponte de Waterloo" é daqueles romances gostosos de assistir, que em momento algum cai para o dramalhão. A história começa leve, ganhando intensidade a medida que se desenvolve, mas conforme caminha para o seu desfecho, provoca em nós uma sensação de impotência diante dos "bons costumes" que censura e mata (literalmente) um amor tão bonito e puro. Um casal inesquecível em um clássico obrigatório.
"A felicidade e a tragédia nos mantém acordados."
Duração: 108 minutos
Categorias: Romance, Drama, Guerra, Clássico, Domínio Público
Classificação: 12 anos