domingo, junho 21, 2020
Filme: No Calor da Noite (1967)
Perdi a conta das vezes que fiquei indignada enquanto assistia "In the Heat of the Night", é impossível assistir este clássico sem sentir revolta e frustração, porque em quase 50 anos pouca coisa mudou. Como pode existir seres humanos que "se acham" no direito de humilhar, maltratar e julgar seu semelhante pelo simples fato de ter a cor da pele diferente. Racismo é algo que deveria ser abolido do vocabulário e do coração das pessoas, se é que racista tem coração.
Até o momento é o melhor filme sobre racismo que já assisti e, foi feito apenas três anos depois que os Estados Unidos aboliram as leis segregacionistas, então já dá para sentir o tom da realidade que este clássico possui.
Esse homem é Virgil Tibbs (Sidney Poitier), que então é preso como suspeito sem chance de argumentar. Quando Sam vê que Tibbs tinha uma grande quantidade de dinheiro para um negro de Sparta, o policial fica certo que encontrou o assassino. Em uma cidade racista, aquele homem negro é o provável culpado, e se não for, pode ser transformado em culpado.
Acontece que Tibbs estava na cidade somente de passagem, ele foi visitar a mãe e estava voltando para o sua casa. O que Sam, os outros policiais e o Chefe de Polícia Bill Gillespie (Rod Steiger) não sabiam é que Tibbs era um detetive especialista do Departamento de Homicídios da Philadelphia.
Os policiais daquela cidade não estavam aptos para investigar um homicídio. Diante disso, a viúva (Lee Grant) pede que Tibbs auxilie nas investigações ou irá cancelar a construção da fábrica na cidade. Tibbs pode não ser bem vindo, mas terá que ser tolerado.
Tibbs é um homem sofisticado, totalmente diferente dos outros policias. Ele é observador e encontra as pistas onde ninguém consegue enxergar. No entanto, toda sua sofisticação pode não servir para muita coisa, se ele morrer, ninguém será punido naquele lugar onde o racismo predomina. E mesmo que Tibbs seja tolerado pela polícia, existe moradores ignorantes racistas contra ele.
"No Calor da Noite" é um filme da década de 60, que aborda um tema recorrente nos dias atuais. Esse drama policial foi muito bem feito, a história é toda amarrada e a direção competente, mas a atuação do brilhante Sidney Poitier (sou fã dele) foi o principal motivo do grande sucesso do filme. Ele é, sem dúvida alguma, um dos melhores atores de todos os tempos. Sua competência em cena merece todos os aplausos e seu caráter atrás das câmeras é o que faz dele um homem admirável, como poucos.
Este clássico começa como uma história policial tradicional e no desenrolar passa a focar nas questões raciais e na transformação da relação entre Gillespie e Tibbs. Ambos não se suportavam, mas precisaram unir forças para descobrir o verdadeiro culpado pelo crime.
Inicialmente, o xerife se mostra rude e preconceituoso, e ao conviver por alguns dias com Tibbs, muda seus conceitos passando a admirar o trabalho do policial negro. Rod Steiger e Sidney Poitier estão perfeitos em seus respectivos papéis, o restante do elenco também está ótimo.
Inicialmente, o xerife se mostra rude e preconceituoso, e ao conviver por alguns dias com Tibbs, muda seus conceitos passando a admirar o trabalho do policial negro. Rod Steiger e Sidney Poitier estão perfeitos em seus respectivos papéis, o restante do elenco também está ótimo.
PODEROSO; REVOLTANTE; REFLEXIVO