O Estranho Que Nós Amamos (2017): um conto sobre princípios distorcidos - Dicas de Filmes Pela Scheila

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sexta-feira, abril 17, 2020

O Estranho Que Nós Amamos (2017): um conto sobre princípios distorcidos

O Estranho Que Nós Amamos é um filme de drama escrito e dirigido por Sofia Coppola. O roteiro que foi baseado no livro A Painted Devil, de Thomas Cullinan, escrito em 1966.

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Colin Farrell e Kirsten Dunst em cena no filme "O Estranho Que Nós Amamos"

Sinopse - Ambientado em 1864, na Virginia. A trama se passa três anos após o início da Guerra Civil. John McBurney (Colin Farrell) é um cabo da União que, ferido em combate, é encontrado em um bosque pela jovem Amy (Oona Laurence). Embora a Virgínia esteja do lado dos Confederados, a garota o leva para a casa onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth (Nicole Kidman).

Elas então decidem cuidar dele para que, após se recuperar, seja entregue às autoridades. Contudo, aos poucos, as moças começam a demonstrar interesses e desejos pelo soldado, especialmente Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle Fanning). Fato que desencadeia um clima de instabilidade no local, com todas arranjando desculpas para mantê-lo ali.

Um filme que desperta emoções e divide opiniões

O Estranho Que Nós Amamos começa como um drama pungente, mas logo se transforma em um suspense tenso e inquietante. Em meio a um ambiente claustrofóbico e intimidador, somos envolvidos por uma atmosfera pesada, onde o ódio e a inveja atinge níveis absurdos. Entretanto, a competição que passa a existir entre as mulheres do internato não é somente de cunho sexual, algumas delas veem no soldado um amigo, um irmão ou um protetor para ajudar a atravessar aqueles tempos difíceis.

Embora O Estranho Que Nós Amamos reconte a mesma história filmada por Don Siegel, não se trata de um remake do clássico de western estrelado por Clint Eastwood em 1971. Nesta versão a cineasta Sofia Coppola optou por contar a história do ponto de vista das mulheres da trama, trazendo ao público seus anseios e desejos. De certa forma, a história mantém fidelidade ao livro, mas se distancia do filme de 1971, que é bem mais ousado e violento. Ainda assim não deixa de ser interessante, é bem filmado e atuado e a fotografia em tons pastéis, junto com a trilha sonora transmitem toda a melancolia vivida por aquelas mulheres a

Resumindo, O Estranho Que Nós Amamos é uma obra que divide opiniões, particularmente gostei mais dessa versão, é mais refinada, menos ousada e mais reflexiva.

Ficha técnica

Título original: The Beguiled
Duração: 93 minutos
Gênero: Drama, Suspense
Classificação indicativa: 14 anos
País de origem: Estados Unidos da América
Ano de lançamento: 2017