Na trama, conhecemos o casal Ben (James Stewart) e Jo McKenna (Doris Day), que acompanhados do filho Hank (Christopher Olsen), fazem uma viagem de férias pelo Marrocos. No entanto, o destino coloca-os numa grande cilada, pois, acidentalmente, ambos se envolvem em uma trama internacional de espionagem. Com direito a raptos, assassinatos e muita tensão. 

Durante a viagem de ônibus em que seguiam de Casablanca à Marrakesh, eles conhecem um francês que se apresenta como sendo Louis Bernard (Daniel Gélin). No dia seguinte, ao visitarem o mercado central da cidade, em companhia do casal Lucy (Brenda De Banzie) e Edward Drayton (Bernard Miles), que conheceram na noite anterior, presenciam o assassinato de Bernard.

Antes de morrer, o francês pede ao médico que avise as autoridades britânicas sobre o assassinato de um Chefe de Estado que está para ocorrer em Londres, citando o nome de Ambrose Chappell. O fato de Bernard ter entrado em óbito nos braços de McKenna, faz com que a polícia leve ele e Jo à Delegacia. No meio de seu depoimento, McKenna recebe um telefonema anônimo no qual é ameaçado de perder o filho, caso fale o que sabe sobre a morte do francês.

De volta ao hotel, tomam conhecimento que os Drayton não se encontram lá, o que faz com que admitam que Hank foi raptado pelo casal e decidem viajar imediatamente para Londres. Ao chegarem ao aeroporto de Gatwick, são recebidos pela Scotland Yard, que já estava a par do ocorrido, pois Bernard era um de seus agentes.

Preocupados com a segurança do filho, mais um vez se negam a falar sobre o assassinato. Ao ouvirem a voz de Hank, por telefone, aumentam ainda mais suas preocupações com a segurança do filho. Depois de procurarem um homem de nome Ambrose Chappell, Jo descobre que, na realidade, deve se tratar de Ambrose Chapel, uma capela na região de Bayswater. O restante do filme não vou revelar para não estragar as surpresas, mas garanto, é um suspense de altíssima qualidade.

O roteiro de John Michael Hayes é bem estruturado e, na nas mãos de Hitchcock, somos presenteados com grandes momentos de tensão. A fotografia é um espetáculo a parte, e a trilha sonora de Bernard Herrmann é um dos pontos fortes do filme. A performance de Doris Day nas cenas da Embaixada, ao cantar a música "Whatever Will Be, Will Be", é inesquecível. E claro que não poderia faltar as clássicas aparições do diretor, neste filme Hitchcock surge de costas para a câmera, assistindo acrobacias em um mercado marroquino.

TENSO; INTRIGANTE