Quando decidi assistir "The Lodger" minha expectativa era de um suspense recheado de clichês, mas fui surpreendida, este thriller criminal de baixo orçamento tem uma história interessante e um roteiro com um ótimo mistério que só é revelado na última cena.

"The Lodger" foi dirigido por David Ondaatje. O roteiro assinado por Ondaatje é baseado no romance homônimo de Marie Belloc Lowndes, já anteriormente por Alfred Hitchcock "O Inquilino", por Maurice Elvey "O Rei dos Vampiros", por John Brahm "Ódio que Mata" e por Hugo Fregonese "O Estranho Inquilino". O lançamento aconteceu em 2009.

A trama começa quando uma prostituta é encontrada morta em West Hollywood, o veterano detetive Chandler Manning (Alfred Molina) investiga o caso com seu parceiro novato, Street Wilkenson (Shane West). Ele enfrenta sério problema com sua esposa que teve um colapso nervoso e está internada em uma instituição, sua filha o culpa pela situação da mãe.

Enquanto isso, Ellen Bunting (Hope Davis), uma dona de casa mentalmente instável e seu marido Bunting (Donal Logue) estão enfrentando problemas financeiros e necessitam alugar com urgência uma casa de hóspedes no quintal.

O misterioso escritor Malcolm Slaight (Simon Baker) vê o cartaz e aluga a casa. No entanto, Bunting, que viver ausente de casa, nunca vê o inquilino e acredita que sua esposa está inventando o inquilino Ele também pensa que o dinheiro não vem do aluguel e sim dos familiares que se comoveram com a situação que ambos estavam enfrentando.

Quando uma segunda prostituta é encontrada morta, o detetive Manning conclui que o assassino está copiando os crimes de Jack, o Estripador e é o mesmo serial killer que assassinou outras prostitutas sete anos atrás. Porém, o criminoso Alonzo Rodriguez foi condenado à morte pelos assassinatos e o detetive percebe que cometeu um grave erro e terá que arcar com as consequências.

"O Inquilino" é um filme tenso, com vários mistérios e fortes emoções. O filme tem dois enredos convergentes com vários suspeitos e pistas falsas e um final surpreendente. Confesso que já esperava algumas reviravoltas, mas outras nem passou pela minha mente. 

O enredo lembra os noirs da década de 40 e 50 feitos em preto e branco, a diferença é que naquela época os cineastas usavam o jogo de luzes e sombras para aumentar o mistério e a tensão. O diretor de "O Inquilino" usa a cor a seu favor, mas o clima noir permanece.

"O Inquilino" está longe de ser perfeito, tem falhas, principalmente porque a maior parte da história foca no típico velho mistério do crime, ainda assim é um bom thriller criminal. Não sabemos a verdadeira identidade do assassino até o último minuto, embora haja dois principais suspeitos, não podemos excluir nenhum personagem (todos são culpados até o verdadeiro criminoso aparecer), isso torna o filme ainda mais interessante.