Logo após a mudança, a casa é invadida por três homens: Junior (Jared Leto), neto do proprietário anterior; Burnham (Forest Whitaker), funcionário da empresa de segurança da residência; e Raoul (Dwight Yoakam), um atirador recrutado por Junior. Os invasores estão atrás de 3 milhões de dólares que estão justamente no quarto do pânico.

À princípio, os assaltantes pensavam que a residência estava desocupada, mas ao entrarem na casa percebem que os novos moradores acabaram de se mudar. Meg vê a invasão através dos monitores de vídeo na sala de pânico. Ela acorda Sarah e as duas se escondem no quarto do pânico.

A partir daí acompanhamos um interessante jogo de gato e rato. Enquanto os criminosos tentam entrar no quarto, mãe e filha buscam alternativas para se proteger fazendo uso dos equipamentos que o quarto do pânico oferece.

De todos os trabalhos que assisti de David Fincher, "O Quarto do Pânico" é o mais simplório, mas isso não significa que o filme seja fraco, pelo contrário, é um suspense bem acima da média. Apesar de alguns clichês, o roteiro foi bem elaborado, oferecendo ao público uma história ágil, com boas surpresas e algumas reviravoltas. Outro ponto positivo que vale a pena ressaltar é o uso dos efeitos especiais que transformam a casa como um personagem da história.

O filme oferece uma visão ampla dos dois lados, sabemos o que um lado está planejando, mas não fazemos ideia de qual será a resposta do outro lado, que na maioria das vezes nos surpreende. A maneira como o filme é conduzido pelo seu idealizador nos faz lembrar dos suspense de Hitchcock, o precursor da técnica na qual um fato anunciado pode ser mais tenso que qualquer reviravolta.

Passado tantos anos de lançamento, "O Quarto do Pânico" está mais atual que nunca, visto que nos dias atuais vivemos apreensivos com a falta de segurança e a tendência das pessoas de transformar suas casas em fortalezas, não para de crescer. 

Mesmo com roteiro simples, o filme te prende durante toda a narrativa. Não gostei do desfecho, mas isso não anula o clima tenso e claustrofóbico que senti enquanto assistia.