domingo, janeiro 24, 2021
Filme: O Diário de Anne Frank (1959)
"The Diary of Anne Frank" foi adaptado da peça teatral de Frances Goodrich e Albert Hackett, ganhador do Prêmio Pulitzer, que foi baseado no próprio diário de Anne Frank, a garota que sonhava em ser escritora, mas por causa da estupideza humana, não teve a oportunidade de concretizar seu sonho.
Lançado em 1959, o filme contou com a direção do cineasta George Stevens, que também assina a produção. Concorreu o Palma de Ouro no Festival de Cannes. Foi contemplado com três estatuetas do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Fotografia em Preto e Branco e Melhor Direção de Arte, também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Figurino em Preto e Branco, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator Coadjuvante, totalizando oito nomeações.
Após o término da Guerra Mundial, Otto Frank (Joseph Schildkraut), pai de Anne (Millie Perkins), volta ao local onde sua família esteve escondida durante a perseguição aos judeus por parte dos nazistas. Ele foi o único sobrevivente.
Ele encontra o diário de Anne e ao lê-lo, volta para a Holanda de 1942. Anne Frank, de apenas 14 anos, vive no sótão secreto de um estabelecimento comercial situado na Rua Prinzengracht, 263 - Amsterdam, juntamente com seus pais, Otto e Edith (Gusti Huber), e sua irmã Margot (Diane Baker). Encontram-se também no esconderijo o Sr. Hans (Lou Jacobi) e a Sra. Petronella (Shelley Winters) com o filho adolescente, Peter (Richard Beymer).
A porta que dá acesso ao sótão fica escondida por uma estante de livros. Durante o dia, quando os empregados do estabelecimento estão trabalhando, as duas famílias permanecem em silêncio. A comida chega a eles através de amigos e é racionada. Para passar o tempo, a jovem Anne começa a escrever seu diário, descrevendo em detalhes cada minuto passado no sótão.
Algum tempo depois, junta-se a eles um dentista, Sr. Dussell (Ed Wynn), e lhes informa que a situação está cada dia mais grave e que a maioria de seus conhecidos teria sido enviada para os Campos de Concentração. O esconderijo é quase descoberto pela polícia.
O rádio é o único meio que os mantém ligados ao exterior. Através do aparelho eles ouvem músicas e os discursos aterrorizantes de Hitler. Com o passar do tempo, Anne e Peter se tornam mais próximos, surgindo uma bela amizade.
Começa a surgir rumores de que a guerra está prestes a acabar, no entanto, o esconderijo é descoberto pelos nazistas e as famílias enviadas para o Campo de Bergen-Belsen. O triste desfecho todos nós já conhecemos...
Ao longo de seus 185 minutos vamos acompanhando o medo e as esperanças daquelas pessoas que estavam impossibilitadas de ver a luz do sol. A história de Anne, mesmo sendo glamourizada para o cinema, foi feita com muito cuidado e se tornou um filme essencial para todos os fãs do gênero de guerra.
"O Diário de Anne Frank" é um ótimo filme, porém muito triste por ser uma história real, narrada através de um diário escrito durante os horrores da Segunda Guerra. O filme chegou aos cinemas 15 anos após a morte de Anne no Campo de Concentração, já dá para imaginar a reação do público que lotava os cinemas e saia da sessão em lágrimas. Afinal, o filme retrata muito bem o terror da perseguição, os horrores do holocausto e a agonia do confinamento daquelas pessoas que viveram por praticamente dois anos sem sair do sótão.
Mesmo sendo doloroso, "O Diário de Anne Frank" é um filme que indico para todos por ser extremamente necessário, para que jamais esqueceremos os horrores praticados durante a Segunda Guerra Mundial e também para mantermos viva a memória de Anne Frank.
"A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já tenha acontecido."
DOLOROSO; OPRESSIVO; REVOLTANTE