Sinopse - O filme começa com Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) retornando de Hong Kong, porém ela faz escala em Chicago para reencontrar o amante John Neal (John G. Beck). Dois dias depois, já em casa nos subúrbios de Minneapolis, ela tem convulsões e é levada às pressas para o hospital pelo marido Mitch (Matt Damon), no entanto, Beth vem a óbito por causas desconhecidas.

O filho de Beth, Clark (Griffin Kane), também apresenta os mesmos sintomas vindo a falecer. Mitch é imediatamente colocado em quarentena, mas por não apresentar nenhum sintoma, é considerado imune, ele é liberado e volta para casa com sua filha Jory.

Enquanto isso, em Atlanta, o Dr. Ellis Cheever (Laurence Fishburne), do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, manda a Dra. Erin Mears (Kate Winslet) a Minneapolis a fim de investigar o caso e fazer um relato médico.

Conforme o vírus se dissemina, o pânico se espalha entre a população. O jornalista Alan Krumwiede (Jude Daw) procura tirar proveito da situação, propagando uma falsa informação, pelo seu blog, que a cura da doença poderia ser conseguida pela receita de um medicamento homeopático à base de forsythia (planta originária da Ásia).

Os dias passam e o número de mortes aumenta assustadoramente e, os cientistas buscam incansavelmente a cura para o vírus letal. A Dra. Leonora Orantes (Marion Cotillard), epidemiologista da OMS, vai até Hong Kong coletar informações sobre Beth, a paciente zero. No entanto, ela é sequestrada por um colega Sun Feng (Chin Han), que a mantém presa para obter, em primeira mão, a vacina preventiva da doença para o seu povoado.

Um filme "quase" profético

Apesar do pouco desenvolvimento dos personagens, Contágio ainda é um filme que merece ser assistido, principalmente pelo elenco de peso. O enredo fala sobre o surgimento de um vírus misterioso que se dissemina numa velocidade assustadora, levando a óbito milhões de pessoas em poucos dias, mas o verdadeiro terror do filme não está na doença propriamente e sim no que o ser humano se transforma quando a paranoia toma conta de todos. O pânico coletivo é capaz de criar criaturas assustadoras.

Muitos tem mencionado Contágio como uma premonição daquilo que vivemos algum tempo atrás por conta do coronavírus, confesso que meu interesse pelo filme foi por esse motivo, mas ao assistir não encontrei semelhanças com a realidade. O vírus retratado no longa tem uma letalidade altíssima atingindo pessoas de todas as faixas etárias, matando-as em questão de horas. Por sorte, o coronavirus não passou nem perto do vírus mostrado no filme.