"The 300 Spartans" é um épico lançado em 1962. Contou com a direção de Rudolph Maté a partir do roteiro de Gian Paolo Callegari, Remigio Del Grosso e Giovanni d'Eramo. 

Poucas pessoas conhecem esse filme, sendo que o mesmo foi a inspiração de Frank Miller para escrever a história em quadrinhos que originou o filme "300" do cineasta Zack Snyder. O filme está longe de ser uma superprodução, devido a pouca tecnologia disponível na época, porém, apresenta um visual bem realista, longe da abordagem fantasiosa encontrada na HQ. Podemos observar pelo visual dos personagens, não há piercings, nem cabeças raspadas.

E para a época que foi lançado, pode-se dizer que a direção de arte foi primorosa, com armaduras e armas bem desenhadas e, mesmo com cenários precários, houve a preocupação em manter-se fiel aos detalhes de caracterização, a começar pelo fato de todas as cenas serem gravadas na Grécia. O foco do filme é unicamente a batalha em si e os dias que antecederam, mostrando a rotina de alguns soldados que se preparavam para o combate.

A derrota em Maratona (490 a.C.), não fez os persas desistirem de incluir a Grécia nos vastos domínios de seu império. Em 480 a.C., o Rei Xerxes (David Farrar) lidera um numeroso exército com uma poderosa frota para realizar o frustrado projeto de seu pai, Dario I.

Enquanto o exército asiático avança pelo litoral, as pólis (cidades-estado) gregas, divididas por suas querelas internas, não conseguem, imediatamente, adotar uma estratégia comum. Quando muito, despacham um pequeno contingente para o estreito desfiladeiro das Termópilas que é a passagem obrigatória para a Grécia central, visando retardar o progresso do invasor.

Por um empo, os gregos resistem, mas quando o local é circundado pelos persas, a resistência se torna inútil e todos recuam, salvo o Rei Leônidas (Richard Egan), que à frente de trezentos espartanos, opta por conquistar a glória mediante uma morte heroica.

Em "Os 300 de Esparta", o modo como a coragem dos espartanos é abordada foi muito bem feita, e realmente chegamos a acreditar que aqueles 300 homens terão chances contra o império persa, pois o longa ressalta muito suas habilidades e grande inteligência. 

O roteiro não tem falhas no desenrolar dos fatos, apresentando os motivos pelos quais Xerxes, mesmo impressionado com a força dos espartanos, se recusa a recuar suas tropas, momento este em que a guerra (para ele) deixa as questões políticos e passa a ser uma vingança pessoal.