quinta-feira, dezembro 31, 2020
Filme: Jejum de Amor (1940)
Lançado em 1940 e realizado pelo cineasta Howard Hawks, a partir do roteiro escrito por Charles Lederer, "His Girl Friday" é, sem dúvida, uma das melhores screwball comedy que assisti. Os diálogos ácidos e rápidos prendem a atenção do espectador, não só pelo ritmo frenético das falas, mas também pelo humor engajado. Há piadas para todos os gostos, desde as mais leves até aquelas que beiram o humor negro.
Na trama, conhecemos Walter Burns (Cary Grant), editor do jornal Morning Post, de Chicago. Um jornal sensacionalista com farto noticiário policial.
A principal jornalista chama-se Hildy Johnson (Rosalind Russell), com quem Walter era casado e acabara de se divorciar. Hildy vai até o jornal pedir demissão e avisar que vai se casar no dia seguinte com Bruce Baldwin (Ralph Bellamy), um vendedor de seguros. Walter se recusa a demiti-la e lhe pede que escreva uma reportagem sobre o assassino Earl Williams (John Qualen), enquanto ganha tempo para tentar separar o novo casal.
Hildy aceita, ela vai até a sala de imprensa do edifício da Corte Criminal, onde é saudada pelos colegas de profissão. Após entrevistar Williams, Hildy volta à sala de imprensa, onde encontra Mollie Malloy (Helen Mack), namorada do prisioneiro. Nesse meio tempo Bruce é preso devido uma armação de Walter. Indignada, Hildy decide sair do Morning Post, mas algo acontece e ela continua escrevendo sua reportagem.
"Jejum de Amor" é um filme frenético, nem bem termina um diálogo e já inicia outro, mas boa parte dos risos surgem exatamente dessas falas rápidas, e totalmente afiadas. Além do ritmo alucinante, o roteiro é bem amarrado, conta uma história simples, ágil e inteligente.
A química do casal protagonista é um dos pontos fortes do filme. Cary Grant e Rosalind Russell apresentam uma dinâmica impressionante, os dois juntos são dinamite prestes a explodir, cuja relação amor/ódio e falas sarcásticas arrancam tantas gargalhadas que terminei de assistir o filme com o corpo dolorido de tanto rir.
Irônico e despretensioso, "Jejum de Amor" é um filme atemporal, as situações jornalísticas mostradas não são exclusividade das décadas de 30 e 40, mas ainda estão presentes nos dias atuais. Ainda há muitos profissionais deste ramo que apelam para o sensacionalismo, cabe a nós meros leitores distinguir fatos reais de notícias plantadas.
Duração: 92 minutos
Categorias: Comédia, Screwball Comedy, Romance, Drama, Clássico, Domínio Público
Classificação: Livre