"Unbroken" é um drama biográfico dirigido por Angelina Jolie que conta a jornada do medalhista Louis Zamperini, o jovem maratonista que ficou 47 dias à deriva no Oceano Pacífico. O roteiro foi escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen, também por Richard LaGravenese e William Nicholson, sendo baseado no livro homônimo de Laura Hillenbrand.baseado no livro homônimo de Laura Hillenbrand.

O filme estreou em 2015 e recebeu indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.

Não esperava muito deste filme e fui surpreendida, principalmente pela história de superação do maratonista. Não conhecia a trajetória de Louis Zamperini, sendo assim, cada cena foi uma surpresa. Adquiri empatia pelo personagem e admiração pelo homem que ele foi. O filme despertou em mim um mix de emoções e sensações, senti medo por ele, apreensão, agonia, revolta, raiva, ódio e compaixão.

A trama inicia com cenas de Louis (Jack O'Connell) já na guerra. O avião em que ele está é bombardeado. E nesse meio tempo fazemos uma viagem no tempo e voltamos para a infância, rapidamente vemos como o atletismo entrou na vida daquele garoto discriminado por ser de família de imigrantes italianos.

Acompanhamos a determinação de Louis e o empenho do seu irmão Pepe Zamperini (Alex Russell) em ajudá-lo a se tornar um recordista olímpico, vencendo a Olimpíada de Berlim em 1936, com apenas 19 anos de idade.

Voltamos a Segunda Guerra Mundial, Louis continua seus treinamentos em meio as batalhas, logo sua tropa é convocada para uma missão de resgate no Oceano Pacífico. Aparentemente, havia calmaria, mas o destino preparava algo perveso para Louis e seus amigos, o avião acaba sendo bombardeado e cai em alto mar. Apenas Louis, Phil (Domhnall Gleeson) e Cup (Jai Countney) conseguem sobreviver, mas era o início de um grande sofrimento.

Foram 47 dias à deriva em alto mar, enfrentando a fome, sede, tubarões, tempestades, sol escaldante e bombardeios dos inimigos. O sofrimento é visível, é desesperador. 

Em determinado momento, Louis busca sua fé e conversa com Deus lhe prometendo entregar sua vida para ele caso sobrevivesse aquela provação.O resgaste chega, porém, vem do inimigo. Os tripulantes de um navio japonês encontram os jovens à deriva e os transformam em prisioneiros de guerra. 

Eles são levados para o campo de concentração, lá sofrem todos os tipos de humilhações, são espancados, maltratados. Não tarda para o histórico de atleta do jovem Louis ser descoberto e, a partir de então, ele se torna alvo das crueldades do Cabo Watanabe "Pássaro" (Miyavi). O filme foca no sofrimento e na luta pela sobrevivência, mostrando que através da força de vontade é possível se tornar invencível e superar os piores obstáculos.

"Invencível" não é um filme quase perfeito, tem suas falhas como 95% dos filmes, mas é lindo e muito triste, no entanto não deixa de ser cativante por mostrar mais uma bela história de superação que tive o privilégio de assistir. Trata-se de uma história real e todo o sofrimento que vemos na tela, não mostra nem 50% daquilo que Louis Zamperini enfrentou. Precisamos de muitos outros filmes assim, que mostra a capacidade que o ser humano tem de resistir adversidades e superar obstáculos.

Enfim, o filme fecha com 'chave de ouro', o próprio Louis Zamperini aparece para arrancar lágrimas e deixar saudades. "Em 1946, Louis Zamperini conheceu e se casou com sua amada, Cynthia Aplewhite. Eles tiveram uma filha, Cissy, e um filho, Luke… Depois de anos de Estresse Pós-Traumático, Louis cumpriu sua promessa de servir à Deus, uma decisão que tomou por ter sobrevivido. Motivado por sua fé, Louis percebeu que a maneira de seguir em frente era o perdão e não a vingança. Ele voltou para o Japão onde encontrou e perdoou seus captores. Somente Bird (O Pássaro) se recusou a encontrá-lo. Louis finalmente realizou seu sonho e correu em uma Olimpíada novamente. Aos 80 anos. No Japão.