O cientista sai aparentemente normal da máquina, mas com o passar dos dias sua personalidade começa a ficar alterada, além dele constatar que tem uma força inacreditável que não possuía antes do teletransporte. Sua forma física começa a ficar alterada, até que as unhas começam a cair e ele busca explicações pesquisando os arquivos da máquina, é então que descobre que havia uma mosca junto com ele no momento do teletransporte e que houve uma fusão entre os dois.

O cientista vai se transformando numa criatura bizarra e horrenda. Quando Veronica descobre que está grávida e se apavora com que tipo de ser pode estar sendo gerado dentro de si. O desfecho é surreal.

Um conto de ficção científica perturbador

A Mosca não é um simples filme de terror, mas o horror puro em cenas repugnantes. Provoca um mix de sentimentos como pena, agonia, repulsa, tristeza e apreensão. Por se tratar de um filme do diretor Conenberg, o terror vai se misturando com a realidade proporcionando cenas chocantes e difíceis de digerir. 

É um filme bem feito e muito bem atuado. Os efeitos especiais não envelhecem, pelo contrário, se tornam mais fascinantes com o passar dos anos. A história contada é um conto de ficção científica que deixa qualquer espectador desconfortável. Cada transformação de Seth, do humano numa aberração, distancia cada vez mais da sua amada Veronica. Ele busca ajuda, porém em vão. Ninguém pode ajudá-lo. 

Embora seja um filme dos anos 80, A Mosca continua sendo um filme impactante. O desfecho é doloroso, o sonhado projeto de teletransporte transforma o próprio idealizador em refém de si mesmo. Defino o filme como atraente e repugnante, pois mesmo nos contorcendo de pavor, não conseguimos desviar os olhos da tela. Esse é o poder de um filme de David Cronenberg.

Título original: The Fly
Duração: 96 minutos
Gênero: Ficção Científica, Terror, Drama, Clássico
Classificação etária: 14 anos

País de origem: Estados Unidos da América

Ano de lançamento: 1986