Que surpresa foi descobrir que a história contada nesse filme se trata de um acontecimento real, geralmente leio algumas críticas e comentários antes de assistir o filme escolhido, o que não fiz antes de assistir "Battle of the Sexes", filme que narra a luta pela igualdade de gêneros no mundo dos esportes, mais precisamente no mundo do tênis, na década de 70. 

Dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris a partir do roteiro escrito por Simon Beaufoy, essa comédia biográfica nos apresenta Billie Jean King, a tenista n.º 1 do mundo {ganhou 12 Grand Slams em simples e 27 em duplas (16 nas duplas femininas, 11 nas mistas)}. Além de ser uma das maiores atletas do século XX, também ajudou a criar um circuito de tênis feminino independente, dada a diferença salarial e da premiação entre mulheres e homens, e fundou a Associação de Tênis Feminino, que tem alcance mundial como entidade. Em 1973, Billie Jean protagonizou, juntamente com o ex-tenista Bobby Riggs, a "Batalha dos Sexos", um dos eventos mais vistos de todos os tempos. "Battle of the Sexes" foi lançado em 2017.

A trama nos leva de volta à 1973, quando a tenista Billie Jean (Emma Stone) se recusa de participar do próximo torneio devido as diferencias monetárias da premiação.

Com a recusa dos organizadores, Billie e outras tenistas profissionais decidem fundar a Associação de Tênis Feminino, iniciando seu próprio campeonato, patrocinado pelo Virginia Slims. 

O sucesso das tenistas chama a atenção de Bobby Riggs (Steve Carell), ex-campeão e viciado em apostas. Ele desafia Billie para uma partida, ela recusa. Mas após Bobby derrotar Margaret Court (Jessica McNamee), Billie volta atrás e decide enfrentá-lo nas quadras, na batalha mundialmente conhecida como a Batalha dos Sexos.

Fora das quadras, Billie Jean é casada com Larry King (Austin Stowell), o relacionamento está passando por uma crise e logo surgem rumores sobre sua sexualidade. Billie mantem um romance secreto com a cabeleireira Marilyn (Andrea Riseborough).

Bobby também tem seus problemas particulares. Longe dos holofotes ele não é tão porco chauvinista como tenta aparentar. Ele não é o vilão, apenas representa a visão machista dos organizadores do Torneio Mundial, como Jack Kramer (Bill Pullman). 

"A Guerra dos Sexos" retrata um acontecimento de décadas passadas que ainda está presente nos dias de hoje. A discrepância existente na remuneração entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, quando realizam exatamente a mesma função ainda é ignorada por muitos.

O roteiro do filme é tão eficiente, que mesmo quem já conhece a história real, irá vibrar em cada set vencido por Billie. "A Guerra dos Sexos" é tão contagiante que me senti naquela torcida, ansiosa pela vitória da tenista. 

O visual deste filme é magnífico, o contraste de luzes e o neon nos transportar com maestria à década de 70. A fotografia sépia dá todo o tom vintage. A trilha sonora também é bem atrativa. Contudo, a grande jogada do filme está no roteiro maduro e bem desenvolvido, os últimos minutos são hipnotizantes. "A Guerra dos Sexos" é um filme adorável, que com um tom bem-humorado consegue passar uma mensagem grandiosa. 

Mais detalhes do filme na página do IMDb

Duração: 121 minutos

Categorias: Biografia, Comédia, Esporte, Drama

Classificação: 12 anos

Minha Nota: 9,3