A Vida é Bela (1997): tragicomédia sobre o Holocausto - Dicas de Filmes Pela Scheila

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terça-feira, maio 16, 2023

A Vida é Bela (1997): tragicomédia sobre o Holocausto

A Vida é Bela é um filme de comédia dramática que foi escrito, dirigido e estrelado por Roberto Benigni, de O Tigre e a Neve (2005).

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Roberto Benigni e Giorgio Cantarini em cena no filme "A Vida é Bela"

Sinopse - A história começa em 1939, quando Guido Orefice (Roberto Benigni) chega na cidade de Arezzo, na Toscana, para trabalhar no restaurante do seu tio Eliseo (Giustino Durano). Durante a viagem, Guido conhece Dora (Nicoletta Braschi), uma jovem professora muito simpática, porém comprometida.

Inteligente e muito espirituoso, Guido esquematiza vários "encontros acidentais" afim de conquistar sua amada. E não é que seus planos dão certo, Dora começa a corresponder os sentimentos do jovem judeu. No dia do noivado de Dora, Guido rapta a moça. Eles se casam, compram uma livraria e tem um filho, Giosué (Giorgio Cantarini). 

A família vivia feliz até irromper a Segunda Guerra Mundial. Guido, seu Eliseo e o pequeno Giosué são capturados pelos nazistas e forçados a entrarem em um trem com destino a um campo de concentração.

Dora, que não era judia, é poupada, mas devido a sua insistência, ela acaba sendo levada junto. Ao chegarem no campo de concentração, Guido e Dora são separados. Guido tenta, de todas as formas, se comunicar com a esposa e avisá-la que ele e o filho estão bem.

Durante do período de confinamento, Guido esconde de Giosué a verdadeira situação na qual estão vivendo. Ele diz ao menino que estão participando de um jogo e quem chegar em primeiro lugar ganhará um tanque de guerra. A criança reluta em acreditar, mas Guido usa diversas artimanhas para convencer Giosué, evitando que a assombrosa verdade roube a inocência do filho.

Sobre o amor de um pai por seu filho

Algumas pessoas afirmam que A Vida é Bela banalizou o Holocausto, não medindo palavras para denegrir o filme e seu idealizador. Longe de mim impor minha opinião, mas creio que falta sensibilidade. Levei mais de duas décadas para assistir esse filme e ao vê-lo recentemente consegui captar toda a magnitude de sua mensagem.

Em momento algum senti que Roberto Benigni fez pouco caso do Holocausto, pelo contrário, ele, com seu humor inocente, conseguiu transmitir de uma maneira doce toda a crueldade vivida pelos judeus nos campos de concentração. Lá havia sofrimento, mas também havia esperança e foi esse fio de esperança que ajudou os sobreviventes a superar a fome, torturas e toda forma de injustiça, conseguindo sair com vida daquele lugar de horrores.

A Vida é Bela é uma obra de rara beleza, que mesmo carregada de um humor pungente consegue transmitir toda a crueldade do Holocausto. É uma comédia com grandes doses de tragédia. Em algumas cenas, o riso aparece, mas logo desaparece porque os olhos lacrimejam.

Ao assistir recentemente percebi que deveria ter assistido anos antes. É um filme agridoce que retrata um período sombrio de maneira delicada. Nessa obra, a Segunda Guerra Mundial é o pano de fundo, o enfoque principal é a relação familiar. O enredo mostra até onde um pai é capaz de ir para proteger o filho das maldades do mundo. 

Ficha técnica

Título original: La vita è bella
Duração: 116 minutos
Gênero: Drama, Romance, Comédia, Guerra, Clássico
Classificação indicativa: Livre
País de origem: Itália
Ano de lançamento: 1997