Sinopse - A trama se passa em Miranda Beach, na Flórida. Durante uma forte onde de calor, testemunhamos algo que mudará para sempre a vida de um homem. Este homem é Ned Racine (William Hurt), um advogado negligente, mas que adora colecionar conquistas amorosas.

Certa noite, Racine conhece a misteriosa Matth Walker (Kathleen Turner), que está andando sozinha na praia. Entretanto, a loira é casada e foge dele. Racine fica completamente obcecado pela mulher e a encontra em um barzinho, logo eles se tonam amantes.

Matty confidencia para Racine que seu marido é muito rico, porém desonesto e que fez um testamento deixando metade dos bens para ela. Audaciosa, a femme fatale trama um plano para se livrar do marido.

À princípio, Racine não concorda com o plano, mas após acontecer alguns fatos envolvendo Edmund Walker (Richard Cenna), marido de Matty, o advogado aceita dar fim a vida do seu rival. E, o casal de amantes elabora um plano que na visão deles era perfeito.

Assim como acontece na vida real, no cinema também não existem crimes perfeitos e logo começam a surgir evidências de que Matty estava envolvida no assassinato do marido. Os amigos de Racine começam a ficar preocupados com ele por causa de sua repentina mudança de comportamento.

Só que nem tudo é exatamente como Racine imaginava. As provas vem a tona e o advogado percebe que além de ter assassinado um homem, ele caiu numa grande armadilha, pois a bela e solitária Matty era também muito perigosa. O desfecho do filme dá o arrematador.

Um filme elegantemente sensual

Após anos de autocensura, as décadas de 80 e 90 ficaram repletas de filmes hollywoodianos sensuais e Corpos Ardentes é um desses exemplares. Há quem considere um filme quase explicito. Não vejo dessa forma, o filme mostra uma sensualidade elegante sem apresentar nenhum momento de pornografia.

A história sensual e inteligente nos mantém presos na trama até os segundos finais. Os diálogos rápidos e afiados lembram os grandes filmes do cinema noir. Outro ponto positivo é a paleta de tons intensos que deixam o filme ainda mais quente. 

Mas o grande sucesso de Corpos Ardentes está justamente na química do casal protagonista, Kathleen Turner e William Hurt deram vivacidade genuína a seus personagens. A maneira como ambos se entregam a perfídia transpassa ao público a imoralidade dos seus atos.

Um filme embriagante é a melhor definição para Corpos Ardentes. A trama densa e intensa ficou impregnada em minha memória por dias. O gran finale arrebatador é inesquecível. Sem dúvida é um filme para ver, rever e continuar revendo.