Condessa de Sangue (2008): conto macabro sobre medo da vellhice - Dicas de Filmes Pela Scheila

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segunda-feira, maio 09, 2022

Condessa de Sangue (2008): conto macabro sobre medo da vellhice

Condessa de Sangue é um drama histórico escrito e dirigido por Juraj Jakubisko. Conta a trajetória de vida de Elizabeth Bathory, condessa húngara conhecida como condessa de sangue.

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Anna Friel em cena no filme "Condessa de Sangue"

Sinopse - Em agosto de 1560 nascia Elizabeth Bathory (fruto de um incesto), a qual viria a ser a maior serial-killer feminina que o mundo já conheceu. A Condessa foi acusada de ter assassinado mais de 600 garotas em nome da beleza eterna.

A Condessa teve uma infância problemática. Aos 15 anos de idade casou-se com o conde Ferecz (Vincent Regan). Por ser um grande guerreiro, o conde passava muito tempo fora de casa. Elizabeth (Anna Friel) se sentia muito sozinha, apesar de ter o pintor-escravo sempre ao seu lado, Caravaggio (Hans Matheson). 

Com o tempo ela começa a se interessar por coisas que envolviam o ocultismo e também se apaixona por Caravaggio, vivendo um intenso e proibido amor. Enquanto isso, Elizabeth adoece gravemente e a sua vem das mãos de Darvulia (Deana Horváthová), uma poderosa e perigosa bruxa.

Após ficar curada, Elizabeth desenvolve um comportamento cruel e insano, ela dá início aos seus macabros rituais de beleza e conta com a ajuda de alguns de seus empregados dementes. Ela passa a torturar e assassinar jovens virgens, retirando todo o sangue do corpo das garotas para banhar-se. Elizabeth acreditava que o sangue de virgens era a fonte da juventude eterna. Mas seus crimes começam a despertar suspeitas.

As primeiras investigações começam em 1610, logo após a condessa é presa e condenada a prisão perpétua na torre de um castelo. Ela morreu em 1614, jurando inocência.

A realidade por trás do mito

Condessa de Sangue é um bom filme biográfico, mas não esclarece se Elizabeth Bathory era culpada ou inocente. O mundo da condessa era rodeado de violência, guerras e mortes, por isso não me surpreende que o mito da condessa de sangue seja real. Se buscarmos registros mais profundos da vida da condessa, constatamos que ela cresceu presenciando seu pai praticar os piores tipos de torturas contra seus inimigos. 

Conhecida como a assassina em série mais prolífica da história, Elizabeth era uma mulher um pouco diferente da retratada no filme. De acordo com os registros históricos, a condessa era fria, perspicaz e sádica. O filme tenta passar outra visão dela, mostrando uma mãe amorosa, uma mulher solitária e uma amante apaixonada. Eu gostei do filme, mas não acreditei nessa versão "boazinha" de Bathory.

O filme tem suas falhas e, embora seja um filme feito para a TV, é bem feito com boas sequências e algumas reviravoltas interessantes. Condessa de Sangue ainda não é um filme digno de Elizabeth Bathory, que apesar de ter praticado as piores barbáries, é um mito que desperta curiosidade em todos que se deparam com sua história de vida.

Ficha técnica

Título original: Bathory
Duração: 141 minutos
Gênero: Histórico, Biografia, Drama, Fantasia
Classificação indicativa: 16 anos
País de origem: Hungria, República Tcheca, Eslováquia, França, Reino Unido 
Ano de lançamento: 2008