O Jardim dos Esquecidos (2014): um conto amargo e cruel - Dicas de Filmes Pela Scheila

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quinta-feira, novembro 11, 2021

O Jardim dos Esquecidos (2014): um conto amargo e cruel

O Jardim dos Esquecidos é o primeiro filme sobre a saga da família Dollanganger. Uma história tão poderosa quanto chocante e tão assustadora quanto um filme de terror. Lançado  no canal Lifetime, o filme foi dirigido por Deborah Chow a partir do roteiro escrito por Kayla Alpert, sendo baseado no livro homônimo de V. C. Andrews. Há uma outra versão dessa história que foi lançado em 1987.

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Mason Dye, Kiernan Shipka e Ava Telek em cena no filme "O Jardim dos Esquecidos"

Sinopse - Conhecemos Corrine (Heather Graham), ela vive praticamente em um conto de fadas. É casada Christopher Dallanganger (Chad Willett), eles tem quatro filhos adoráveis, Chris (Mason Dye), Cathy (Kiernan Shipka), e os irmãos gêmeos Carrie (Ava Telek) e Cory (Maxwell Kovach). 

Pouco depois do seu marido ser promovido, ele sofre um acidente vindo a falecer. Corrine se vê sozinha, sem emprego, sem dinheiro e com quatro filhos para sustentar. Ela então tem a ideia de voltar a morar na mansão dos pais, a Foxworth Hall. 

As crianças ficam felizes ao saberem que iriam morar com os avós, mas aos chegarem são recebidos com hostilidade pela avó, Olivia Foxworth (Ellen Burstyn). Uma mulher amarga e bastante cruel. O pai de Corrine a excluiu do testamento e para reatar a relação com ele, ela esconde as crianças no sótão da casa. 

Apesar de não entenderem, as crianças aceitam a condição que à princípio seria por alguns dias, mas se alonga por meses, que viram anos. Cada vez mais negligenciados no sótão, os filhos mais velhos lutam para cuidar dos gêmeos mais novos enquanto embarcam em um relacionamento incestuoso. Muitos segredos veem à tona. 

História desconfortável

Sempre que um filme me tira da minha zona de conforto, eu o considero muito bom. O Jardim dos Esquecidos conseguiu essa façanha ao apresentar uma história poderosa, chocante e dolorosa sobre abuso infantil, fanatismo religioso e incesto. Relações incestuosas não me incomodam, mas também não aprovo, acho errado por inúmeros motivos. No filme, a relação amorosa não fraternal entre o casal de irmãos é, de certa forma, chocante e melancólica, pois surge devido ao fato deles terem a liberdade tirada.

Considero O Jardim dos Esquecidos um dos melhores filmes do Lifetime. É bem produzido, com cenários e figurinos que nos remetem a história contada no livro. O roteiro é fiel, respeitando os principais elementos do romance escrito em 1979. O elenco apresenta performances bastante verossímeis, com diálogos inteligentes e as expressões traduzem sentimentos. A trilha sonora cria uma atmosfera apreensiva.

O Jardim dos Esquecidos é um filme simples, envolvente e desconfortável que aborda decentemente um tema ainda considerado tabu. Eu realmente gostei desse filme e também gostei das sequências que são: Pétalas ao Vento (2014), Espinhos do Mal (2015) e Sementes do Passado (2015).

Ficha técnica

Título original: Flowers in the Attic
Duração: 89 minutos
Gênero: Drama, Romance, Suspense, Mistério
Classificação indicativa: 14 anos
País de origem: Estados Unidos da América, Canadá
Ano de lançamento: 2014