Lançado em 1998, foi escrito e dirigido por François Girard em parceria com Don McKellar, ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora. O filme foi inspirado em um violino Stradivarius (1720) que atualmente é tocado por Elizabeth Pitcairn. 

A história inicia em Montréal, no Canadá, nos dias atuais, onde o famoso violino está prestes a ser leiloado. Charles Morritz (Samuel L. Jackson) é chamado para fazer as análises comprovando a autenticidade e tentar desvendar o mistério em torno do instrumento, que praticamente teve sua trilha perdida pela História oficial ao longo de 300 anos.

A pesquisa pela origem do instrumento remete à Cremona, na península itálica no século XVII, quando o mestre artesão Nicolo Bussotti (Carlo Cecchi) decide construir um violino para homenagear o nascimento de seu filho. 

No entanto, seus sonhos são destruídos devido a morte de sua esposa e da criança durante o parto. Ainda assim, Nicolo resolve prestar-lhes uma última homenagem, e terminar de envernizar o violino vermelho.

O instrumento passa por um mosteiro na Áustria no século XVIII, pela Inglaterra do século XIX, pela China durante a Revolução Cultural até chegar finalmente ao Canadá. 

Música e cultura, política e paixão, história e até intriga nos bastidores do leilão acompanham a aventura do instrumento através dos tempos.

Ao longo desses três séculos, "O Violino Vermelho" é enterrado, vendido, saqueado, penhorado e muitas vezes tocado maravilhosamente. Às vezes por jovens promessas, outras vezes por músicos maduros ou ciganos, sempre chamando a atenção de todos por sua coloração inusitada. Mas, além da sublime inspiração, uma terrível sina parece acompanhar seus possuidores e Charles Morritz está decidido a desvendar as razões que levaram a isso.

"O Violino Vermelho" faz uma viagem por cinco lugares diferentes: Cremona (Itália), Viena (Áustria), Oxford (Reino Unido), Xangai (China) e Montreal (Canadá). E em toda sua volta ao redor do mundo ele passa pelas mãos da nobreza e plebeus, aprendizes e músicos experientes e de chineses reprimidos pelo comunismo, levando seus donos à traição, raiva, amor e sacrifício.

O roteiro é recheado de situações que levam nos levam a descobrir, pouco a pouco, porque o violino vermelho é tão desejado e misterioso. Além do mais, a trilha sonora de John Corigliano é esplendorosa, aliados com uma fotografia magnífica, figurinos perfeitos e elenco de primeira grandeza.