Sinopse - A trama gira em torno de Irena Dubrovna (Simone Simon), uma bela e misteriosa jovem sérvia, que vai trabalhar em Nova York como designer de modas e se envolve com o engenheiro naval americano Oliver Reed (Ken Smith).

Conquistado pela beleza peculiar e pelo jeito introspectivo da garota (que a convida para uma xícara de chá em seu apartamento e lhe confidencia que não tem nenhum amigo americano). O inevitável acontece, eles se apaixonam e se casam. Todavia, Irena acredita ser descendente de uma linhagem mística de mulheres panteras, que se transformam na criatura ao se relacionarem sexualmente ou sentirem ciúmes.

Segundo a lenda, as mulheres panteras descendem de bruxas que conseguiram fugir da execução promovida pelo Rei João da Sérvia (o qual Irena tem uma estátua em sua sala).

O casamento deles vai de mal a pior, pois a frustração sexual entre o casal aumenta com o decorrer dos dias e se complica ainda mais quando Alice Moore (Jane Randolph), companheira de trabalho de Reed, se aproxima cada vez mais do rapaz.

Sangue de Pantera é um um filme sensacional com várias cenas memoráveis. O suspense é conduzido aos poucos, aumentando a tensão conforme a história se desenvolve. 

A junção do noir com o horror transformam esse filme em uma experiência inesquecível. O detalhe mais importante dos filmes de terror das décadas de 30, 40 e 50 é exatamente algo que se perdeu devido a evolução tecnológica, a sugestão. Nessas décadas, os recursos eram limitados, por exemplo, reproduzir uma pessoa se transformando em um monstro, mas as cenas sugeriam isso, nossa imaginação entrava em ação como nos livros. 

Sinto falta disso nos filmes recentes de terror, desse medo do desconhecido que causa calafrios. Sangue de Pantera foi o primeiro noir que trouxe um horror sugestivo e, ao invés do clima gótico e sustos fáceis, o diretor apresentou o conflito psicológico, algo incomum para o gênero na época. O filme mostra uma história sobre autodestruição de uma forma fascinante.

Título original: Cat People