domingo, dezembro 20, 2020
Filme: Inferno Nº 17 (1953)
"Stalag 17" é um drama de guerra adaptado de uma peça teatral da Broadway, de autoria de Donald Bevan e Edmund Trzcinski. Foi dirigido por Billy Wilder, que também participou da elaboração do seu roteiro ao lado de Edwin Blum. Lançado em 1953, venceu o Oscar na categoria de Melhor Ator e recebeu indicações como Melhor Diretor e MelhoR Ator Coadjuvante.
A trama começa na semana antes do Natal de 1944, em um campo para prisioneiros de guerra, conhecido por Barracão 17, que é destinado a sargentos aliados. Entre os prisioneiros, encontra-se o Sargento J. J. Sefton (William Holden), um americano compassado duvidoso, que negocia com o alemão responsável pelo barracão, algumas regalias.
Quando Manfredi (Michael Moore) e Johnson (Peter Baldwin) tentam escapar por um túnel, Sefton aposta que eles não terão êxito em sua empreitada. Os fugitivos são descobertos e mortos. Esse fato faz com que o Sargento Price, responsável pela segurança, passa a suspeitar que há um informante entre eles, o que leva a pensar que o delator seja Sefton.
Os prisioneiros conseguem um pequeno rádio, mas o Sargento Schulz (Sig Ruman) encontra o aparelho, mesmo estando bem escondido, levantando ainda mais as suspeitas em relação a Sefton. Quando o recém-chegado Tenente James Dunbar (Don Taylor) é enviado para o Barracão, ele comenta seus feitos e não demora muito para ser levado à presença do Comandante do Campo, Coronel von Scherbach (Otto Preminger), e ser brutalmente torturado.
As desconfianças dos prisioneiros os leva a espancarem Sefton, que após o fato decide descobrir que é o informante. Ele fica escondido no Barracão, e assim ouve uma conversa confidencial que revela que é o espião e como as informações são repassadas aos nazistas. No momento oportuno, Sefton revela aos prisioneiros quem é o verdadeiro informante. Eles então elaboram um plano que colocará os nazistas contra o seu próprio espião infiltrado.
Não é nenhuma obra-prima, mas é um filme indispensável para aqueles que apreciam o gênero. Não há bombardeios, nem conflitos em "Inferno Nº 17", entretanto, existe um amargor dilacerante até nas cenas de humor. Os momentos de descontração não arrancam nenhuma gargalhada, é um humor triste, repleto de desespero e sofrimento.
AFLITIVO; DOLOROSO